quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

História da Educação no Brasil e no Mundo

Como ainda estou de férias, reservei um momentinho para a minha aprendizagem pessoal. Andei pesquisando na internet, lendo em alguns livros sobre a história da Educação, dando uma enfase maior a Educação Infantil, que minha paixão. Este estudo me ajudou em muito na elaboração do meu planejamento anual. Tenho certeza que irá me influenciar durante todo o ano letivo.

EDUCAÇÃO


Engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de socialização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e endoculturação, mas não se resume a estes.

A prática educativa formal — que ocorre nos espaços escolarizados quer sejam da Educação Infantil à Pós Graduação — dá-se de forma intencional e com objetivos determinados, como no caso das escolas. No caso específico da educação formal exercida na escola, pode ser definida como Educação Escolar. No caso específico da educação exercida para a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada comunidade, dá-se o nome de Educação Tecnológica. A educação sofre mudanças, das mais simples às mais radicais, de acordo com o grupo ao qual ela se aplica, e se ajusta a forma considerada padrão na sociedade. Mas, acontece também no dia-a-dia, na informalidade, no cotidiano do cidadão. Nesse caso sendo ela informal.
   ORIGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL
No Brasil, por volta da década de 1970, com o aumento do número de fábricas, iniciaram-se os movimentos de mulheres e os de luta por creche, resultando na necessidade de criar um lugar para os filhos da massa operária, surgindo então as creches, com um foco totalmente assistencialista, visando apenas o “cuidar”. Pois segundo Faria (1999, p.25). Se o ano 70 voltou-se para a mulher, nos anos 80, essa mulher voltou-se para as crianças. Foram, em geral, as feministas intelectualizadas de classe média, e que eram contra a ditadura, que passaram a pesquisar sobre a infância e assessorar os governos progressistas que, atendendo às reivindicações populares, prometeram creches nas suas campanhas eleitorais..
Só em 1988 a educação infantil teve início ao seu reconhecimento, quando pela primeira vez, foi colocada como parte integrante da Constituição, depois em 1990, com o Estatuto da Criança e do adolescente entre os direitos estava o de atendimento em creches e pré-escolas para as crianças até os 6 anos de idade. Pela primeira vez na história, uma Constituição do Brasil faz referência a direitos específicos das crianças, que não sejam aqueles circunscritos ao âmbito do Direito da Família. Também pela primeira vez, um texto constitucional define claramente como direito da criança de 0 a 6 anos de idade e dever do Estado, o atendimento em creche e pré-escola. Posteriormente, entramos em um período de debate em torno da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), período que se estendeu até meados da década de 90. Nesse período, sem a aprovação da LDB, a lei maior, o Ministério da Educação em conjunto com outros segmentos define uma política nacional para educação infantil, propondo a criação de uma Comissão Nacional de Educação Infantil (CNEI), que a visão de formular e implementar políticas na área, atuando de 1993 a 1996. Em 1994, aconteceu a Conferência Nacional de Educação para Todos, e um dos eventos preparatórios à conferência foi o I Simpósio Nacional de Educação Infantil, que aprovou a Política Nacional de educação Infantil, com o apoio da CNEI. A partir da Constituição de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990. A Educação Infantil foi colocada como a primeira etapa da Educação Básica no Brasil, abrangendo as crianças de 0 a 6 anos, concedendo-lhes um olhar completo, perdendo seu aspecto assistencialista e assumindo uma visão e um caráter pedagógico. Nesse momento acontece a Municipalização, a Educação Infantil passa a ser responsabilidade dos Municípios, com certo vínculo de verba com o Estado. De apenas hoje no Brasil, ou melhor, felizmente hoje, dez anos depois de promulgada a primeira Constituição que garante o direito à educação das crianças de 0 a 6 anos em creches e pré-escolas está tentando regulamentar as instituições de educação infantil.
A Educação Infantil constitui a primeira etapa da educação básica e tem como principal finalidade promover o desenvolvimento integral das crianças até cinco anos de idade. Isso significa construir um conjunto de conhecimentos que abrange tanto os aspectos físicos e biológicos quanto os aspectos emocionais, afetivos, cognitivos e sociais de cada criança, considerando que ela é um ser completo e singular.
Na busca de uma formação integral, a Educação Infantil assume certas especificidades que lhe conferem um caráter ímpar, sobretudo no que se refere à organização dos conteúdos próprios dessa fase de escolarização. Nesse conjunto de especialidades está, de um lado, a necessidade de se ampliar, nas crianças, a compreensão do mundo a partir do conhecimento da linguagem, da matemática, da natureza e da sociedade e, de outro, a incumbência de promover sua formação pessoal e social, a partir do desenvolvimento da sua identidade e autonomia, além de noções sobre música, artes visuais e movimento.
Do ponto de vista pedagógico, pressupõe-se que a prática docente na educação infantil tenha como ponto de partida a experiências e o conhecimento prévio das crianças, considerando suas idéias, hipóteses e explicações sobre si e sobre o mundo que as rodeia.
O educador deve criar condições importantes para que as crianças possam, por meio de situações pedagógicas, desenvolverem-se em suas múltiplas potencialidades - corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas. Em resumo, o sucesso da aprendizagem das crianças dependerá da realização de um trabalho educativo que considere como pontos relevantes:
- a individualidade e a diversidade;
- a interação entre as crianças nas mais diversas situações de aprendizagem;
- a realização de atividades desafiadoras, que despertem o interesse dos alunos e sejam compatíveis com sua faixa etária;
- o saber singular que possuem e que expressa a forma de sentir e pensar o mundo de maneira particular.
Uma prática pedagógica conduzida nesses moldes pode promover, de forma mais efetiva, o conjunto de competências e habilidades que as crianças devem desenvolver nessa fase de escolarização.
Considerando as particularidades da faixa-etária de 0 a 6 anos e as necessidades educacionais especiais em suas diferentes formas de aprendizagem, é necessário que o currículo seja flexível, adequado, coerente, múltiplo e abrangente para organizar os conteúdos a serem trabalhados. Neste contexto o presente Currículo visa a abranger diversos e múltiplos espaços de elaboração de conhecimentos e diferentes linguagens referentes a construção da identidade, os processos de socialização e o desenvolvimento da autonomia dos educandos que propiciem por sua vez, as aprendizagens consideradas essenciais.
 RELAÇÕES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
É necessário olhar, mas afundo as relações na educação infantil nela podemos observar a interatividade, o lúdico, e a transposição do imaginário para o real (Fantasia do real).
A Interatividade mostra o mundo da criança é muito mais heterogêneo, pois ela esta em contato com várias realidades diferentes, das quais vai apreendendo valores e estratégias que contribuem para a formação da sua identidade pessoal e social.Estas construções que a criança vai realizando é a partir do contato com a família e com os colegas, é no espaço que compartilha com o outro que ela vai se descobrindo e organizando a forma de pensar e agir. A convivência com o outro faz com que ela realize atividades e rotinas, permite representar fantasias e cenas do cotidiano, que funcionam como terapias para lidar com as experiências negativas, a partilha de tempos, ações, representações e emoções é necessária para um mais perfeito entendimento do mundo e faz parte do processo de crescimento. As crianças, quando crescem, deixam o seu legado, sob a forma de brincadeiras que praticam com os mais novos ou que estes observam e reproduzem. A Lucidade constitui um traço fundamental das culturas infantis. Se a cultura lúdica constitui logo central à própria ideia da infância, desde há séculos, importa considerar o relevo que esta faceta tem no mercado de produtos culturais para a infância. Com o efeito os brinquedos tradicionais vêm caindo em desuso, substituindo pelos brinquedos industrializados, que acaba por privar as crianças de uma melhor interação com o outro, uma criação e imaginação sobre a brincadeira, e assim acaba se tornando algo que uniformizado e mudando as crianças. A fantasia do Real, este é o mundo faz de conta, neste espaço é onde a criança expressa sua visão do mundo e da atribuição de significado as coisas, sendo a transposição do real e de imediato a reconstrução criativa pelo imaginário. Onde ela brinca criando uma história com situações, lugares, personagens e eventos que acontecem em seu cotidiano. A criança que tem a oportunidade de entrar no jardim de infância tem seus horizontes ampliados, podendo absolver mais significações do mundo, uma maior interação com o outro e oportunidade de criação e espaço para a imaginação aflorar. Amplia-se o espaço de desenvolvimento, conhecimento e autonomia.
Atualmente, o trabalho pedagógico voltado para o segmento da Educação Infantil deve considerar como pressupostos pedagógicos os processos cognitivos, afetivos e sociais que permeiam a aprendizagem das crianças.


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